Muitos trabalhadores por turnos usam drogas para dormir: estudo

Mas as perguntas sobre benefícios e riscos desses medicamentos permanecem, revisa as notas do autor

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Por Robert Preidt

Repórter do HealthDay

QUARTA-FEIRA, 13 de agosto de 2014 (HealthDay News) — Muitos trabalhadores em turnos tomam drogas para dormir ou ficar acordados, apesar das dúvidas persistentes sobre seus benefícios e riscos, relatam pesquisadores.

Os autores do estudo analisaram os resultados de 15 ensaios clínicos que incluíram um total de 718 pessoas. Nove dos testes descobriram que a melatonina, um medicamento hormonal vendido sem receita, ajudou os trabalhadores em turnos a dormir cerca de 24 minutos a mais durante a noite ou o dia, mas não os ajudou a dormir mais rápido.

Um estudo analisou a droga hipnótica zopiclona e descobriu que não era mais eficaz do que um placebo inativo para ajudar os trabalhadores em turnos a dormir durante o dia.

Os outros cinco estudos avaliaram os efeitos da cafeína e dos medicamentos modafinil e armodafinil, que são prescritos para a sonolência durante os plantões noturnos. A cafeína reduziu a sonolência durante os turnos noturnos, quando os trabalhadores também tiravam cochilos antes dos turnos, descobriram os pesquisadores.

Modafinil e armodafinil aumentaram o estado de alerta e reduziram a sonolência, mas causaram dores de cabeça, náuseas e aumento da pressão arterial em muitos trabalhadores por turnos, de acordo com a Cochrane Reviews .

Em muitos países desenvolvidos, pelo menos 10% dos trabalhadores fazem algum tipo de trabalho por turnos.

“Para muitas pessoas que trabalham por turnos, seria muito útil se pudessem tomar uma pílula que as ajudasse a dormir ou ficar acordadas na hora certa”, disse o autor da revisão Juha Liira, do Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional em Helsinque, disse em um comunicado de imprensa da Cochrane ., ao comprar drogas sinteticas

“Mas pelo que vimos em nossa análise, não há boas evidências de que esses medicamentos possam ser considerados para uso mais do que temporário e alguns podem ter efeitos colaterais bastante graves”, observou o pesquisador.

“É curioso que haja uma lacuna tão clara na pesquisa”, disse Liira. “Pode ser que estudar os efeitos dessas drogas ou de outras drogas em ensaios adequadamente planejados seja visto como antiético porque os trabalhadores não deveriam precisar de drogas para se dar bem com seu trabalho. , nossa análise não conseguiu identificar dados relevantes.”